A partir da semana que vem, esse bloguista que compartilha aprendizados políticos e culturais das terras do Grande Império, fará o que muitos habitantes desse Grande Império fazem no segundo termo do verão, em Julho: Iniciarei o mais frenético e curto período escolar do ano, esperançosamente meu último até que comece a estudar pelo bacharelado. Meus dias serão excepcionalmente preenchidos por ensinamentos – para mim, muito difíceis – de matemática e biologia, logo sei que terei menos tempo para postar, e menos tempo para analisar.
Mesmo assim comprometo-me a, pelo menos, fazer o resumo semanal às Sextas-Feiras ou finais de semana, compensando em tamanho e qualidade, se for o caso, a falta de outros textos. A seguir, o resumo:
Tim Russert
Caricatura de Bruno Venancio
Na passada Sexta-Feira 13 a nação perdeu um de seus grandes mitos jornalísticos. Tim Russert, 58, teve o funeral conduzido a partir da Terça-Feira, que contou com a presença do presidente George W. Bush, secretários e ministros, governadores, senadores e representantes do congresso, dezenas de personalidades públicas que preencheriam uma eternidade de mesas-redondas como a do Meet the Press, a qual Russert moderava aos Domingos.
Na Quarta-Feira, 17 de seus mais próximos amigos, como a freira Lucille, que o conhecia desde sua infância como estudante no colégio irlandês-católico na cidade de Buffalo, NY, falaram da vida do moderador e editor executivo das redes NBC. Entre esses estavam Maria Shriver, ex colega de Russert na NBC, Tom Brokaw, Brian Williams (escolhido como substituto temporário de Russert no Meet the Press), a historiadora politica Doris Kearns Goodwin, também amigo e colega Mike Barnicle e o ex governador de NY Mario Cuomo. O Memorial terminou com a forte presença de Luke Russert, 22 anos, filho único do homenageado.
No serviço, realizado em Washington, na Igreja da Santa Trindade, os candidatos presidenciais Barack Obama e John McCain sentaram-se lado a lado, a pedido da família. À saída, um arco-íris, e logo uma pequena enchurrada de água, tomaram conta do cenário. Russert deixa o filho Luke e a esposa Maureen Orth, jornalista para a revista Vanity Fair.
"Quando os fatos mudam, eu mudo de opinião. O que o senhor faz?" Lord John Maynard Keynes, ou, Meio ponto a Barack Obama
Obama mudou sua posição ontem, novamente, e desta vez faz um jogo político que, segundo analistas, pode ser vantajoso, mas poderia ter sido abordado diferentemente.
Quando em Novembro de 2007 foi questionado sobre sua posição a respeito do financiamento público das campanhas presidenciais, disse que concordaria lutar por uma reforma no financiamento estimado em 80-85 milhões de dólares caso seu adversário assim desejasse.
O senador pelo Illinois lançou um vídeo no sítio de sua campanha acusando republicanos de destorcerem o sistema do financiamento público a tamanho nível que renega recorrer ao mesmo. Em um e-mail enviado a membros do sítio de Obama, David Plouffe, diretor de sua campanha, diz que os republicanos “têm o dinheiro 527 ” (excessão à regra, introduzida há alguns anos, como método de incorporação de outras verbas para o auxílio nas campanhas presidenciais) e “manipularão o sistema de financiamento público” para arrecadar mais verbas do que o rival. Diz que, apenas em Abril, os republicanos conseguiram levantar 45 milhões de dólares, e que podem tranquilamente ultrapassar os fundos do rival democrata.
Segundo analistas políticos e bloguistas de ambos lados, Obama tem mais a ganhar do que a perder por sua reserva suficientemente avantajada.
Só não vence o ponto completo, porque poderia ter abordado o tema de modo distinto. O fato é que a campanha do democrata é financiada por milhões de indivíduos doando em seu sítio eletrônico, algo que a campanha de McCain não oferece aos seus eleitores.
Indivíduos doando menos de 100 dólares cada trouxeram ao senador democrata uma das maiores margens historicamente conhecidas na arrecadação de verbas populares. Se, ao invés de chorar pela manipulação do partido Republicano - algo discutível visto que, de acordo com as informações públicas, o campo democrata tem colecionado uma vantagem proporcional de 4-1 sobre o candidato republicano - tivesse apenas declarado que mudou sua posição para vencer os republicanos em Novembro e ponto final, sofreria menos na boca de seus críticos.
Gallup mostra liderança de Obama estável (Mais um ponto para Obama)
O instituto Quinnipiac mostra que Obama lidera na Flórida, Ohio e Pennsylvania
Nem todos as pesquisas concordam, mas nenhuma desmente o potencial de Barack Obama para as próximas eleições mesmo em estados delicados e discutidos como a Flórida, o duvidado estado da Pennsylvania (pela população de colarinho branco) e o instável Ohio.
Gallup iniciou a semana com um empate técnico entre Obama e McCain, 44-42% para o candidato democrata, mas a margem voltou a favorecer o último, passando a uma vantagem de 4 pontos (46-42%) e logo à última computada na Quarta-Feira 18, 47-42%.
Para o Quinnipiac, Obama lidera na Flórida por 47-43%, em Ohio por 48-42% e em Pennsylvania mantém uma vantagem considerável de 52-40% sobre o senador pelo Arizona.
Para o sítio Pollster.com, John McCain lidera na Flórida por 45.1-42.8%, ainda dentro da margem de erro.
Resultado semanal no quadro político, incluindo os resultados das pesquisas acima, e as polêmicas apresentadas e discutidas nos textos desta semana:
John McCain 3 x 2 ½ Barack Obama
Mesmo assim comprometo-me a, pelo menos, fazer o resumo semanal às Sextas-Feiras ou finais de semana, compensando em tamanho e qualidade, se for o caso, a falta de outros textos. A seguir, o resumo:
Tim Russert
Caricatura de Bruno Venancio
Na passada Sexta-Feira 13 a nação perdeu um de seus grandes mitos jornalísticos. Tim Russert, 58, teve o funeral conduzido a partir da Terça-Feira, que contou com a presença do presidente George W. Bush, secretários e ministros, governadores, senadores e representantes do congresso, dezenas de personalidades públicas que preencheriam uma eternidade de mesas-redondas como a do Meet the Press, a qual Russert moderava aos Domingos.
Na Quarta-Feira, 17 de seus mais próximos amigos, como a freira Lucille, que o conhecia desde sua infância como estudante no colégio irlandês-católico na cidade de Buffalo, NY, falaram da vida do moderador e editor executivo das redes NBC. Entre esses estavam Maria Shriver, ex colega de Russert na NBC, Tom Brokaw, Brian Williams (escolhido como substituto temporário de Russert no Meet the Press), a historiadora politica Doris Kearns Goodwin, também amigo e colega Mike Barnicle e o ex governador de NY Mario Cuomo. O Memorial terminou com a forte presença de Luke Russert, 22 anos, filho único do homenageado.
No serviço, realizado em Washington, na Igreja da Santa Trindade, os candidatos presidenciais Barack Obama e John McCain sentaram-se lado a lado, a pedido da família. À saída, um arco-íris, e logo uma pequena enchurrada de água, tomaram conta do cenário. Russert deixa o filho Luke e a esposa Maureen Orth, jornalista para a revista Vanity Fair.
"Quando os fatos mudam, eu mudo de opinião. O que o senhor faz?" Lord John Maynard Keynes, ou, Meio ponto a Barack Obama
Obama mudou sua posição ontem, novamente, e desta vez faz um jogo político que, segundo analistas, pode ser vantajoso, mas poderia ter sido abordado diferentemente.
Quando em Novembro de 2007 foi questionado sobre sua posição a respeito do financiamento público das campanhas presidenciais, disse que concordaria lutar por uma reforma no financiamento estimado em 80-85 milhões de dólares caso seu adversário assim desejasse.
O senador pelo Illinois lançou um vídeo no sítio de sua campanha acusando republicanos de destorcerem o sistema do financiamento público a tamanho nível que renega recorrer ao mesmo. Em um e-mail enviado a membros do sítio de Obama, David Plouffe, diretor de sua campanha, diz que os republicanos “têm o dinheiro 527 ” (excessão à regra, introduzida há alguns anos, como método de incorporação de outras verbas para o auxílio nas campanhas presidenciais) e “manipularão o sistema de financiamento público” para arrecadar mais verbas do que o rival. Diz que, apenas em Abril, os republicanos conseguiram levantar 45 milhões de dólares, e que podem tranquilamente ultrapassar os fundos do rival democrata.
Segundo analistas políticos e bloguistas de ambos lados, Obama tem mais a ganhar do que a perder por sua reserva suficientemente avantajada.
Só não vence o ponto completo, porque poderia ter abordado o tema de modo distinto. O fato é que a campanha do democrata é financiada por milhões de indivíduos doando em seu sítio eletrônico, algo que a campanha de McCain não oferece aos seus eleitores.
Indivíduos doando menos de 100 dólares cada trouxeram ao senador democrata uma das maiores margens historicamente conhecidas na arrecadação de verbas populares. Se, ao invés de chorar pela manipulação do partido Republicano - algo discutível visto que, de acordo com as informações públicas, o campo democrata tem colecionado uma vantagem proporcional de 4-1 sobre o candidato republicano - tivesse apenas declarado que mudou sua posição para vencer os republicanos em Novembro e ponto final, sofreria menos na boca de seus críticos.
Gallup mostra liderança de Obama estável (Mais um ponto para Obama)
O instituto Quinnipiac mostra que Obama lidera na Flórida, Ohio e Pennsylvania
Nem todos as pesquisas concordam, mas nenhuma desmente o potencial de Barack Obama para as próximas eleições mesmo em estados delicados e discutidos como a Flórida, o duvidado estado da Pennsylvania (pela população de colarinho branco) e o instável Ohio.
Gallup iniciou a semana com um empate técnico entre Obama e McCain, 44-42% para o candidato democrata, mas a margem voltou a favorecer o último, passando a uma vantagem de 4 pontos (46-42%) e logo à última computada na Quarta-Feira 18, 47-42%.
Para o Quinnipiac, Obama lidera na Flórida por 47-43%, em Ohio por 48-42% e em Pennsylvania mantém uma vantagem considerável de 52-40% sobre o senador pelo Arizona.
Para o sítio Pollster.com, John McCain lidera na Flórida por 45.1-42.8%, ainda dentro da margem de erro.
Resultado semanal no quadro político, incluindo os resultados das pesquisas acima, e as polêmicas apresentadas e discutidas nos textos desta semana:
John McCain 3 x 2 ½ Barack Obama
3 comments:
Então tá. Vai à luta, cavaleiro. Continuamos aqui, de olho no lance.
Ah sim, estuda, seu porra!
Um abraço.
Bom estudo! Dedique-se bastante...
Net fica para depois.
Beijão.
este é um placar bem mais interessante!
sorte aí nos estudos, garoto! e me avisa do encontro geral, tá?
beijocas
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