Vale lembrar que dos últimos quatro presidentes dos Estados Unidos, três foram republicanos e apenas George W.H. Bush fracassou na reeleição ao perder contra o único democrata, Bill Clinton, a vencer em quase três décadas.
Geralmente, um candidato republicano é universalmente apoiado pelos demais, mas nessas eleições, pelo menos três têm concretas chances de retomar o apoio do partido: John McCain, Mitt Romney (cujo nome real é Milton Willard Romney, assustador) e Mike Huckabee.
O tema de maior vigor no debate foi a economia, como era o esperado. Por esse lado, melhor saiu-se Romney, que parece falar o idioma “dólarês”.
Giuliani foi tão simpático quanto os demais. Não recebeu ataques graves, e quando os candidatos questionaram-se em turnos no segmento do debate, Romney apenas perguntou detalhes amenos sobre transações mercantis com a China, ao que Giualini deliberou com dois pés nas costas.
Sua simpatia poderia ajudá-lo mais, caso todos não tivessem se comportado como gêmeos idênticos. Usou seu passado como prefeito de New York para globalizar suas qualidades, e repetidamente disse que, conforme feito em seu estado à época de uma ruptura econômica e crise social, faria com o país em maior escala.
Enquanto todos os candidatos chamavam-se pelos primeiros nomes, Romney decidiu usar o nome “Prefeito” para direcionar-se a Giuliani copiosamente.
Teve maiores dificuldades para expressar suas discordâncias e contraditórias mudanças em variadas posições quando representou seu estado no congresso. O refraseamento das idéias favorece o jogo político deste mega-empresário, que acredita na mediação entre os colossos das multi-nacionais e o povo.
O corte de impostos que favorece, como favoreceu aos cortes feitos por Bush, são gerais, supostamente iguais para toda a nação. No entanto, eleitores precisam compreender que a matemática de Romney pode ser distinta. Afinal, diz ele, os Estados Unidos são apenas um, e não dois, como dizem historiadores e críticos sociais preocupados com a crescente exclusão das classes menos abastadas desde o início da história do país.
No entanto, seu crescimento nas pesquisas indica que sua experiência em Washington e seu sentimento bélico por ser um conhecido herói de guerra parecem indicar que McCain sobe a capturar o eleitorado republicano.
Disse algo como “não é certo que as pessoas cheguem tarde aos seus serviços, ou que não possam ver suas filhas indo ao ensaio de balé ou seus filhos ao jogo de futebol americano.”
No mais, confirmou sua posição em prol de uma emenda na Constituição a proibir abortos e matrimônios entre pessoas do mesmo sexo em definitivo, assim “acabando com o dilema corrente entre diferentes estados do país.”
Também posicionou-se como defensor dos pobres, fracos e oprimidos.
Os demais candidatos disseram em côro que a guerra era correta e justificável.
McCain chegou a mencionar armas de destruição em massa e a presença do grupo extremista Al-Qaeda. Há tempos sabemos que jamais houve armas de destruição em massa no Iraque, e uma recente entrevista com um dos agentes a investigar Sadam Hussein antes de sua execução no fim de 2005 comprova que Sadam blefara a respeito de seus projetos nucleares, e que apenas manteve a máscara com receios de uma iminente invasão iraniana. Outros estudos confirmam que Al-Qaeda, além de ser a menor preocupação no grande esquema do conflito iraquiano, apenas surgiu no país depois do ataque dos Estados Unidos e o refúgio do ex-ditador Hussein.
Giuliani, apesar da extrema simpatia, disse algo que também provocou simpatia da parte de Huckabee. Firmemente relatou que sempre foi a favor da guerra no Iraque, e que, ao contrário de Hillary Clinton, que apoiou a decisão de Bush à época, mas que hoje em dia responde ao resultado das pesquisas populares, ele jamais cederia às pesquisas e à opinião pública. Do mesmo modo que ignorou os menores estados e um debate direcionado a assuntos da comunidade negra (o mesmo fizeram Romney e McCain), disse que políticos e governantes devem saber ler as pesquisas, mas nunca podem permitir que elas os pressionem. Ou seja, aparentemente o público serve apenas para elegê-lo, e nem se sabe até que ponto a democracia eleitoral nos Estados Unidos realmente funciona, de qualquer maneira.
Huckabee concordou, solenemente, com o ponto de Giualini em relação às pesquisas. Aliás, essa é uma das principais críticas a Hillary Clinton, a predileta rival dos republicanos, que enlouqueceriam caso fosse Obama seu maior oponente.
“Eu não discordei dele na hora, mas é porque ele estava do meu lado. Você não discorda do Chuck Norris quando ele está a dois palmos da sua cara.”
Para o deleite de todos, risos e aplausos, Huckabee admitiu: “A mãe dele é a prova viva de que ele chega longe.” Aos 95 anos de idade, a mãe de McCain já tinha sido usada antes na campanha, na própria defesa do pré-candidato quando disse que a enviaria para ter umas palavras com Norris depois do comentário rude. Dessa vez, no debate desta Quinta, somente disse: “O Silvester Stalone, que recentemente passou a apoiar minha candidatura, terá umas palavrinhas com esse tal de Chuck Norris.”
Fred Thompson já desistiu da corrida, mas Hollywood, minha gente, Hollywood é aqui.
RF
1 comment:
RF, continua afiado
bj
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