Barack Obama vence a preliminar de South Carolina nesse passado Sábado, com uma vantagem de 55-27 por cento dos votos computados nas urnas de todos os condados e distritos do estado.
Uma vitória por 28 por cento representa um importante incentivo à campanha da crescente celebridade espelhada à face de um jovem e determinado Obama. Hillary Clinton, que tentou cortar a vantagem de seu principal oponente, não conseguiu apelar à população negra da região, compartilhando menos de 20 por cento do apoio da mesma com John Edwards, que terminou em um distante terceiro lugar, e cujas esperanças à nomeação são praticamente nulas.
Obama venceu entre praticamente todas espécies de eleitores, de todas as classes, de praticamente todas as idades. Venceu duas vezes mais representantes do que seus dois rivais. Antecipando a massiva luta que tomará conta de 22 estados (para os republicanos, 24) no dia cinco de Fevereiro, a campanha dos pré-candidatos democratas esquenta a cada hora.
Há previsões, contudo, de que para os democratas não haverá decisão garantida até a Convenção Democrata em Agosto. Ainda há disputas no dia quatro de Março, onde a maioria dos “delegates”, ou representantes governamentais (ainda encontro melhor termo, prometo) poderiam ser selecionados. Contudo, a previsão de alguns analistas favorece um empate que só será desequilibrado em Agosto.
Essa pode justamente ser a função de Edwards, que ainda persiste em sua corrida apesar de ter perdido em seu próprio estado, South Carolina, nesse Sábado. O advogado sulista já retém representantes em suas colocações de Janeiro, e caso siga conquistando mais votos nos demais estados, pode negociar seu apoio e coroar Clinton ou Obama em troca de uma posição no governo de qualquer um de seus colegas partidários.
Resumidamente, os Clinton têm mencionado a raça de Obama com segundas intenções de acordo com os corriqueiros analistas. Consecutivamente tendo dito que era uma honra o partido Democrata oferecer um candidato afro-americano para presidente após décadas de segregação racial, Bill conseguiu o que queria através das estações jornalísticas.
Em South Carolina, o fator “raça” certamente tornou-se importante, mas acabou contrariando as intenções dos Clinton - pelo menos em South Carolina. Contudo, apenas uma média de 10 por cento dos eleitores brancos do estado elegeram Obama, e a campanha para “mencionar inocentemente” a raça do senador de Illinois pode funcionar, especialmente elevando a simpatia de mulheres por Hillary Clinton. Isso deve prolongar o dilema de mulheres negras a formar uma posição consolidada pelo candidato que melhor as representa.
Flórida
Para os democratas, todavia, Flórida não conta para nada exceto incentivo popular, como não contou a decisão de Michigan, onde apenas Hillary Clinton teve o nome no bilhete às urnas.
Do lado republicano, Mitt Romney e John McCain, que começaram a trocar desaforos (mostrando, finalmente, o lado sinistro de McCain) abertos cada qual atacando o calcanhar de Aquiles do adversário, disputam a primeira colocação empatados na maioria das pesquisas. O terceiro lugar pode ir a Rudy Giuliani, mas Mike Huckabee ainda tem dois dias para encurtar a vantagem do ex-prefeito de New York.
PS: Na semana passada, D. Kucinich finalmente decidiu abandonar a corrida presidencial. Oficalmente, apenas Barack Obama, Hillary Clinton e John Edwards concorrem à nomeação.
Sunday, January 27, 2008
South Carolina é de Obama
Essas Palavras Vos Trazem
Barack Obama,
Florida,
John McCain,
Mitt Romney,
Roy Frenkiel,
South Carolina
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
3 comments:
Roy, você podia reproduzir alguns desses "ditos com segundas intençôes" dos Clinton, em relação à raça, pra gente ter uma idéia? Um abraço.
Halem, em suas campanhas em prol de sua esposa, Bill Clinton inumeras vezes mencionou - em um estado onde a ra'ca importa - que era "honroso para o partido democrata poder oferecer o um possivel presidente afro-americano" aos Estados Unidos. Mencionando isso repetidas vezes, os eleitores ficam com a sensacao de que estao votando ou em uma mulher branca, ou em um negro. As qualidades de Obama e suas propostas ao governo, das mais abstratas as mais concretas, nada tem a ver com a cor de sua pele. Mas os Clinton buscam justamente que os eleitores fiquem com essa imagem a mente: A de que um "afro-americano" se candita a presidencia. Mas vale lembrar que os Clinton nao teriam sucesso se nao fosse pela midia.
Espero ter esclarecido,
abraxao
RF
Esclarecido, meu camarada.
Post a Comment