Barack Obama venceu, neste Sábado, na colonizada ilha de Guam, mas por uma margem de apenas sete votos (não por cento, 7 votos individuais), o que atrasa a divisão dos poucos delegados disponíveis nestas primárias “simbólicas”.
Amanhã, no entanto, a disputa é novamente levada a um grande estado, North Carolina, e outro menor, mas não menos importante, Indiana. Bem como em Pennsylvania, super-delegados democratas esperam encontrar indicações mais claras de que um dos dois pré-candidatos pode ser em sã e limpa consciência o nomeado/a nomeada oficial do partido.
Bem como em Pennsylvania, que tinha Hillary Clinton como grande favorita, North Carolina está praticamente assegurada a Obama. As pesquisas indicam uma vantagem de 8% ao senador de Illinois, enquanto mostram 8% ainda indecisos. Em Indiana, Clinton e Obama encontram-se com 45% dos votos cada.
Há quem diga - não de hoje, mas já há algum tempo - que a disputa precisa ser definida para não prejudicar a união interna do partido. As chances de que seja resolvida nas primárias de amanhã são pequenas, no entanto.
Enquanto isso, o país se entrega sorrateiramente a um desastre econômico que pesa mais à classe média da nação, mesmo que o crescimento otimista de 0.6% possa favorecer aos que já estavam no topo. Nada novo, apenas mais do mesmo. O problema do “mais do mesmo” é que nossos problemas sim, são os mesmos, mas nossa tecnologia e experiência diplomática parecem mais avançadas do que a atitude estagnada desse governo.
O presidente George W. Bush tem agora o menor nível de aprovação popular da história do Gallup Poll. Essa fama prejudica John McCain, que não tem se distanciado das promessas republicanas, que diverge muito pouco da filosofia do atual presidente, que não foi - e ainda encontra problemas para ser - aceito em sua própria base, que precisa do presidente para reconquistá-la, mas que já não é o ás pensado em 2000, e sim, mostra-se adepto à filosofia washingtoniana de fazer e dizer absolutamente tudo para ser eleito.
Portanto, pergunto-me inocentemente se existe realmente a menor chance da eleição de um republicano em Novembro. Gostaria de acreditar pia e cegamente que esta não chega a hipótese, de tão absurda a idéia. Infelizmente, a política torna o reto, torto, e o torto, obtuso.
Por isso e por tantas outras canso-me de ouvir pessoas contra a guerra, reclamando da injustiça que testemunham diariamente, falando de economia, falando do orçamento escolar, hospitalar e rodoviário, mas dizendo-se contra a “política”. “Odeio política!”
É esse pensamento que, em teoria, Obama posicionou-se contrário desde o início de sua campanha. É esse seu posicionamento quando diz que seus adversários jogam com as promessas utópicas da salvação e a glória ao povo, mesmo que Hillary Clinton queira mais governo, e John McCain menos governo influenciando a oferta de serviços essenciais à população.
Como introduzido no texto passado, a tema do corte dos impostos sobre a gasolina que desejam similarmente Clinton e McCain pode ajudar a vida de trabalhadores, que pagariam uma média de 15 centavos a menos por galão, isso sem contar em um provável reajuste das grandes companhias, como a Exxon Mobile, para reconquistar o direito a esses 15 centavos.
Obama diz que esse é um plano de falsas esperanças. Enquanto McCain sabe que o dinheiro será retirado dos fundos rodoviários, negligenciando estradas e pontes como a de Minnesota, desabada há um ano, mas pretende fingir que há como evitá-lo. Clinton quer que o dinheiro seja retirado das margens de lucro excessivo das grandes companhias.
O senador de Illinois diz que sua solução não é realista, e que apenas com o alívio em impostos ou enviando um cheque de mil dólares (como o feito agora em Maio, com a distribuição de um cheque de 600 dólares a pessoas com salários de menos de 75 mil anuais) a trabalhadores que não conseguem comprar alimentos ou gasolina com a inflação vigente.
Ao mesmo tempo, Clinton planeja demandar uma investigação (como as feitas a cada dois anos, mas com direcionamento distinto) direcionada a especuladores que forçam aumentos aos preços do barril de petróleo sem nem mesmo pertencer à indústria.
Por isso não peço que Clinton desapareça. Sua imagem garante que essas questões sejam exploradas com a fibra que reconhecem em seu caráter. Só não sei se, como presidente, não se assemelhe em fibra contra outras importantes soluções sociais.
Porém, todos realmente desejamos saber quem será esse/essa nosso/nossa nomeado/nomeada. Mais do que isso, queremos ter certeza de que é o melhor para vencer a Casa Branca. Pelo número de delegados, porcentagem do voto popular e número de estados vencidos, sem contar na vitória de quase todos os “caucuses”, pode ser que o partido simplesmente procura desculpas para não candidatar Obama.
Não que estejam necessariamente errados. Imaginem um reinado de Bush III nos Estados Unidos em 2009... Isso requer estômago, e sabedoria partidária para não permitir que ocorra sob hipótese nenhuma. Amanhã veremos outro capítulo da novela mais importante ao país. Que vença o melhor.
RF
4 comments:
VIVA LA REVOLUCIÓN!
VIVA LA REVOLUCIÓN!
VIVA LA REVOLUCIÓN!
rsrsrs...
Besos.
Roy, que está comemorando?
:=(((
Devo comemorar a batalha de puebla ou o dia da Epifania? hehehe brincadeira!
O risco daí é o mesmo que corremos aqui! Mesmo com todo o vazamento de notícias, o petróleo já começa a subir.
Quando vejo você comentando, sinto uma Hilary enfraquecida com promessas fantasiosas. Bem a verdade, se aqui fosse declarado por qualquer candidato à governo, a retirada da margem de lucros excessivas das companhias, seria a morte para ele.
Seu sobrinho foi no blogue (?) usando o seu link. É você? :) Beijus
Well, my friend:
Vou tentar comentar sem usar a acentuacao grafica, porque parece que os comentarios estao saindo naquela linguagem que so Tupa entende.
Nao estou acompanhando a campanha eleitoral nos EUA, por isso sou suspeita para dizer algo, da minha parte so nao quero o Jorge Arbusto em um terceiro mandato, o planeta e a humanidade nao merecem.
Beijo, guri!
Valeu a visita e o comentario la no bloguitcho.
PS: Muito criativo o nome do blogue.
Re
"Sbnh", lha a mda tá m tcld...
amanhã, a gnt cntna lá...
T ata
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