Tuesday, July 24, 2007

Farsa do Aquecimento Global Parte 3 (de 4 ou 5)

Sexto Argumento: Às minúcias do argumento 5.

Lord Lausson de Blaby, ministro da Fazenda na década de oitenta, um dos primeiros a investir na pesquisa do aquecimento global, supervisionava as pesquisas e pressionava pressa a um dos cientistas entrevistados, que afirma que a teoria era então fraca, e que até se surpreendia com a fraqueza dos argumentos que indicavam influência humana ao aquecimento global. Muitos cientistas “amedontrados” demais, de acordo com o filme opositor, para permitir a publicidade de suas dúvidas, dizem que “a teoria simplesmente não bate."

Sétimo argumento: Às minucias do primeiro:

A-) Podemos marcar a mais recente mudança climática à “Pequena Era do Gelo,” que terminou há aproximadamente duzentos anos atrás.

B-) Na Era Medieval, há um período conhecido entre cientistas como “Era Quente.” Evidências desse período, segundo os documentaristas, se espelham na riqueza dos solos, ainda refletida nos vinhedos comuns naquela região inglesa. Outro remetente é a riqueza arquitetural da região.
(Nota pessoal ao último comentário: A riqueza na Era Medieval de quem? O que exatamente isso tem necessariamente a ver com o calor da época?)

C-) Na Era do Bronze, no período Homoceno há 8000 anos atrás, as temperaturas eram muitíssimo acima da média atual. Os ursos polares, acostumados ao frio de suas regiões, sobreviveram a esses tempos mais quentes. Implicação do documentarista: Nós podemos sobreviver ao aquecimento global.
(Nota pessoal: Algo me diz que o argumento do envolvimento humano é apenas um pouco mais complicado do que isso. Não se resume ao aquecimento, somente, e isso me parece claro a todos os que compartilham minha ignorância popular.)

Oitavo argumento: Aqui, o documentário diz que quem se tornou bode-expiatório foi o “industrialismo” praticado pelas grandes companhias que, por sua vez, possibilitaram o consumo dos pobres ao que antes era apenas possível aos ricos. Falam que ambientalistas atacam as inovações da Revolução industrial de 1750... O argumento segue: O Industrialismo massivo mudou as nossas vidas, e ambientalistas agora o atacam.

Contra-Argumento: O Industrialismo nunca me pareceu atacado pelos “ambientalistas.” O frenético consumismo sim, sempre. Os “defendidos” ao mesmo tempo que “protestantes” são esses pobres, supostamente beneficiados.

Todavia, pergunto: A indústria massiva, como é perpetuada, realmente nos beneficia? A Revolução Industrial mudou as nossas vidas, disso não duvidamos. Mas, será que foi completamente para o melhor? Pobres realmente têm poder aquisitivo para comprar o que compram os ricos?

Exemplo:

Um carro popular, segundo nossa grande amigo Bonner, do JN, custa aproximadamente mil dólares a mais do quê há dez anos atrás. Isso sugere que pobres têm maior poder aquisitivo, ou que menos pessoas têm a capacidade de adquirir carros zero quilômetro, atualmente? Será que quem compra realmente tem maior poder aquisitivo, ou as tarifas inconstantes, as parcelas e os benefícios da venda creditada e prolongada facilitam a ilusão de um melhor padrão de vida? São, é claro, perguntas com respostas, mesmo que aqui não caiba respondê-las por falta de espaço e tempo. Nada é óbvio, nem mesmo a ecologia, e nada é auto-compreensível. No entanto, sem recorrer a estatísticas, mas enxergando nossas próprias vidas e as de nossos conhecidos, podemos formar uma opinião a respeito desse assunto. Se, por um lado, quem receber qüatro mil reais mensais poderá comprar um desses automóveis populares, ou até algum veículo mais caro, quantas pessoas ganharão no segundo semestre de 2007 qüatro mil reais mensais? Aqui nos Estados Unidos não é diferente. Estatísticas do censo comprovam que a educação e o diploma são escalas diretas a um melhor salário, mesmo inicial. No entanto, muitos não vão à escola, e muitos não se profissionalizam. Essas pessoas têm uma ínfima chance de receber, como empregados, o suficiente para comprar um carro novo. Quantos de meus colegas faxineiros, limpa-mesas, garçons, valés, em meus empregos passados e seus ambientes, receberiam o suficiente para comprar um automóvel novo? Poucos, afirmo como testemunha de minha própria situação. No Brasil, infelizmente, o diploma não é sinal direto da melhora econômica, ou ao menos não o vejo assim. São realidades semelhantes em países diferentes que precisam se complementar para que descubramos o verdadeiro significado da pobreza universal. O “pobre” mencionado pelo documentarista, alienado à não ser, é claro, que isso seja uma brincadeira e ele algum dia tenha visto algum pobre de verdade, não pode comprar nem a água que o rico compra, quanto menos beneficiar-se dessa produção em massa do capitalismo competitivo tão falado.

2 comments:

Jens said...

Roy:
uma perguntinha: por que não aliar progresso e defesa do meio-ambiente? Industrialização com menos poluição. Será impossível, ou a questão é manter os altos índices de lucratividade das empresas?
Preservar a saúde do planeta exige certos sacríficios que as camadas privilegiadas da sociedade não parecem dispostas a aceitar. A escumalha que abra mão do pouco que já tem.

Roy Frenkiel said...

Nao so concordo plenamente, Jens, como ESSE eh o ponto central da questao.

abraxao

RF