"Não tenho dados sobre quantas morrem por falta de médico e em consequência de rupturas internas e nem quantas conseguem abortar em boas condições. Sem se falar que o Brasil tem uma triste estatística de partos de adolescentes pobres e miseráveis.
Essa uma realidade que a Igreja ignora, mas que nós homens láicos não podemos minimizar na análise da questão. A proibição do aborto não impede o aborto e nem o abandono de crianças não desejadas.
Guardada a proporção é a mesma situação de Galileu obrigado pela Igreja a negar que a Terra girava em torno do Sol e não o inverso, sob pena de virar churrasco em consequência da aplicação da chariá cristã da época. Sua negativa diante da lei universal não impedia que o planeta continuasse a girar, como balbuciou após a retratação.
Não seria mais cristão condenar o aborto como pecado, mas deixando a cada mulher decidir sua prática, do que condená-las a viver o inferno de um aborto clandestino com fazedoras de anjinhos sem formação médica, como ocorre ?"
Por Rui Martins, inteiro no www.diretodaredacao.com
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