Wednesday, April 18, 2007

O Segredo de Minha Irmã

Décima Parte

Enquanto tentava produzir alguma fórmula comunicável do que eu queria dizer, João já havia retirado do cinturão a calibre .32 e polia seu cano, animando a moçada a se calar. Nem todos tinham medo, mas acredito que concordaram na completa estupidez de armar uma guerra marginal, enquanto as margens procuravam espaço ao leito.

“Esqueçam isso de meter fogo ou forças de expressão. Esqueçam os fazendeiros, a justiça ou a lei. Eu falo da gente como a gente, que precisa de ajuda sempre, e ninguém oferece


Desta vez, quando uns olharam-se aos outros, não precisei mais de João para controlar a massa. Eles não entenderam absolutamente nada do que eu disse. Alguns pensaram que aquilo era um espetáculo cômico, e já desistiram do protesto porque achavam tudo muito apreciável e divertido. Outros coçaram a cabeça com a ponta de seus dedos, enchendo as unhas de caspa e outros componentes de seus côros capilares.

“Estou falando de trocar a noite pelo dia e começar a fazer nossa presença notada na hora do acerto de contas entre os empregados e os patrões, ou na hora do compromisso entre os donos das pequenas vendas e os sanguessugas locais. Temos de estar presentes para fornecer as cestas básicas que só quem vota em quem vota recebe, e proteger quem se recusa a prostituir o voto em nome de uma cesta básica e duas camisetas amarelas. Aliás, precisamos de outros candidatos, de mais pessoas boas que se animem a cuidar de quem mais precisa, que ganhem confiança da população e possibilidade concreta nas urnas.”

Ninguém me entendia.

“Meus velhos… Estou falando de mudar o rumo. Não conseguem entender?”

“De onde você aprendeu a falar tão bem?” Perguntava Gonzalo. “Sabe o que fala, o rapaz. Estudou em alguma escola que não tem aqui?”

“Isso não importa, não vem ao caso. Precisamos ajudar a construir escolas também, e atrair melhores médicos, enfermeiras, formar um pequeno hospital merecido a essa população, talvez mudando o sistema taxativo e…”

“Isso importa sim, senhor.” Insistiu Gonzalo, o único que parecia começar a entender alguma coisa, por ser o único formado em cidade grande, em matemática. “Você tá falando de uma revolução. Aprendeu sobre isso aonde?”

Conto a vocês que não lhes contei antes de onde sabia porque me perdi na complexidade desse conto mirabolante. Naquele instante, desenrolei minha lingua e consegui conquistar a atenção de Gonzalo, que explicou a Vicentinho. No processo de sua explicação, levantou questões aos que já começavam a ver o brilho da compreensão, que no processo de obter respostas iluminavam a atenção dos que restaram, e em pouco tempo, Pira e Marcinho já preparavam gorros especiais para usar em distinção, ao reconhecimento alheio do símbolo de suas causas. Passamos a noite planejando nossas próximas atitudes, escrevendo e planejando, e planejando um pouco mais até raiar o sol e brilhar o meio dia, até que a canseira depois do almoço se acumulou à canseira do pernoite à insônia, e precisamos nos despedir.

O fato é que Janaína conhecera uma figura, certo dia de sua ainda juventude, como brilha em fotos borradas e amarelas de minha memória. E a essa pessoa me apresentou, mas aqui não vem ao caso detalhar como. Me presenteava com livros, poemas, cartas... Ensinara-me em pouco tempo a respeitar a escrita e a literatura, mas ensinara-me, além de tudo, a pensar. Pena que me pediu sigilo de seu nome quando lhe contei que tinha ímpeto e desejo de escrever esse conto que vocês acompanham timidamente, do outro lado das folhas e do papel.

Janaína realmente não queria contar a que veio, mas como já se passara a meia hora de sua chegada, e como já prometera, e como já dera à minha curiosidade alguns aperitivos, não podia mais me enrolar.

7 comments:

Serjão said...

E QUEM PAGA AS CONTAS DA ENFERMIDADE SOCIAL QUE A PROIBICAO DO ABORTO CAUSA? QUEM PAGA AS CONTAS DA MULHER QUE ADOECE OU MORRE QUANDO USA O CABIDE PARA O ABORTO? E QUEM PAGA AS CONTAS DA MARGEM DE CRIMINALIDADE DE JOVENS QUE NASCERAM EM FAMILIAS COMPLETAMENTE DESESTRUTURADAS E DEPOIS ADEREM A CRIMINALIDADE PQ NINGUEM DA A ELAS A ATENCAO MERECIDA?

Resgatei seu comentário e estou até agora tentando racionalizar o que tem a deplorável situação atual com a situação que está por vir com a eventual liberação do aborto? O que eu proponho é justamente acabar com isso.

Se existem clínicas clandestinas, regulamentação e polícia nelas.

Se os meios contraceptivos não estão sendo utilizados corretamente, Educação na nas mulheres.

Claro que existe o imponderável mas O que eu quis dizer é que é muito difícil hoje em dia a mulher engravidar involuntariamente. A não ser que vc as considere umas idiotas incapazes de utilizar métodos contraceptivos. Fique certo que elas não são. Cara, até indígenas os utilizam hoje. Mesmo por que há vários anticoncepcionais à disposição e nas quantidades que a mulher quiser fornecidas pelo estado. (E vc não sabe como eu estou gabaritado para escrever isso). De modo, meu caro, que se o aborto for regulamentado teremos mais um método anticoncepcional na praça. É desta forma que será lido. Só que desta vez é um procedimento cirúrgico que demanda uma estrutura nem sempre disponível nas unidades de saúde com profissionais especializados e intrumentação. E isso acarreta gastos que na maioria das vezes seriam plenamente evitados pelos métodos contraceptivos. Além disso, vc não imagina como as unidades básicas de saúde estão sufocadas com uma demanda maior do que a procura.

Todos os cenários que vc elencou no seu desabafo são quase sempre provenientes da completa não educação ou da negligência. Se houver alguma responsabilização, inclusive financeira, às mulheres que tratarão o aborto com irresponsabilidade, eu tenho a absoluta certeza serão pouquíssimos os casos em que as mulheres procurarão pelo traumático procedimento abortivo.
Mesmo por que seria muito difícil arrumar um matadouro dos que existem por aí pois na minha proposta eu peço que seja considerado crime hediondo para quem se disponibilizar a fazer isso. Aí meu caro, o buraco é mais embaixo.

Aqui perto de casa tinha um cruzamento que ninguém respeitava. A prefeitura botou um pardal lá. Nunca mais ninguem desrespeitou. Sabe por que? quando se trata de doer no bolso, as pessoas aprendem. Principalmente se conjuntamente houver o risco de responsabilização penal pesada que é o que eu proponho.

Se vc prescerever um medicamento para ser dado durante 21 dias a um criança, fique certo que a mãe por mais pobre e ignorante que seja, o dará religiosamente. Eu não menosprezo as pessoas. Eu sei que elas são capazes e não as trato como coistadinhas. Se um programa educativo consciente sem hipocrisia for realizado (e disso depende qualquer discursão posterior) as pessoas vão aprender como usar os métodos contraceptivos. Como aprenderam por exemplo a filtrar a a´gua que bebem. E ninguém nem vai se preocupar em discutir aborto já que serão pequenos os casos.

Pela sua indgnação vc deve ter considerado que eu condeno o aborto. Nada disso, como disse no texto free will. Mas sem mandar a conta para o estado.

Vc foi o único comentarista lá em casa que não entendeu o que eu quis dizer. Talvez não lido o texto até o final.

Abs

Serjão said...

Esqueci de dizer:

Pode republicar o comentário. Um blog serve justamente para isso.

Abs

Roy Frenkiel said...

Serjão, tentarei no passo a passo explicar a minha indignação. Temo, no entanto, que acabemos apenas estressando o assunto a um ponto em que chegaremos a duas opostas conclusões em relação a atitude do indivíduo para com seu meio, e a atitude do estado para com o indivíduo. Também verificaremos, que temos duas perspectivas antagônicas no que diz respeito à educação, e as duas perspectivas fazem sentido, as duas estão “certas”, mas como isso não seja possível, meu medo é de perceber no público e em uma discussão calorosa, o preconceito que se esconde nas palavras de cada qual.

Explico usando sua resposta:

Se existem clínicas clandestinas, regulamentação e polícia nelas.
Existem clínicas clandestinas porque não existem clínicas regulamentadas. Essas clínicas clandestinas são, em parte, sustentadas por pessoas de capacidade econômica de razoável a ótima, com profissionais que pertencem ao mesmo nicho social. Os açougues existem em grande quantidade, e quem os frequenta prefere a morte ao próprio filho, e aqui eu pauso e já dou o primeiro insight: Coitadinhas o cacete. Rola, camarada, apenas rola que nem sempre as pessoas vivam pelo nosso standárte do que é idealmente correto ou errado. Rola que essas pessoas ainda existem, e quando têm todas as possibilidades do mundo para evitar o desastre, às vezes, por um fator psicológico, percebem-se tarde demais. Logo, recorrem às clínicas clandestinas. Polícia nelas… Já viu a cena, não é mesmo? Violência e repressão novamente causando eventual maior violência e repressão. Se existem clínicas clandestinas é porque não existem regulamentadas. Esse é o começo, não, ao meu ver, regulamentação-e-polícia (e não só regulamentação) um princípio que inicialmente apenas restringe o que já é restrito.

Se os meios contraceptivos não estão sendo utilizados corretamente, Educação na nas mulheres.
Educação nas mulheres é um slogan que eu concordo plenamente. Eu também concordo que possamos fazê-lo efetivamente.

1- Claro que existe o imponderável mas O que eu quis dizer é que é muito difícil hoje em dia a mulher engravidar involuntariamente. A não ser que vc as considere umas idiotas incapazes de utilizar métodos contraceptivos. Fique certo que elas não são. Cara, até indígenas os utilizam hoje. Mesmo por que há vários anticoncepcionais à disposição e nas quantidades que a mulher quiser fornecidas pelo estado. (E vc não sabe como eu estou gabaritado para escrever isso).

2- Todos os cenários que vc elencou no seu desabafo são quase sempre provenientes da completa não educação ou da negligência. Se houver alguma responsabilização, inclusive financeira, às mulheres que tratarão o aborto com irresponsabilidade, eu tenho a absoluta certeza serão pouquíssimos os casos em que as mulheres procurarão pelo traumático procedimento abortivo.
Hoje em dia, como em qualquer outra época, Serjão, vivemos em um mundo de pessoas estúpidas por obrigação e por escolha. Não0 considero mulheres nem idiotas nem incapazes de tomar contraceptivos, só não vejo mesmo o que tem a ver o loló com o Levi’s. Concordo que até mesmo as índias usam, mas há uma faixa enorme de nossa população que não tem idéia do que é ar ou água ou pedra ou cocô porque mal sabe falar o próprio idioma. O que se faz em uma situação em que o cotidiano é de trabalho intensivo, estudo de péssima qualidade intensivo e violência intensiva à cabecinha já estressada de quem o vive, mal educada, mal alimentada, mal cuidada, blém-blém-blém? Vive-se meio que disfuncional, concorda-se? Meio a essa disfunção, que existe e acredito que você poderia concordar comigo pelo menos nessa, essas pessoas vão aprender a usar métodos contraceptivos porque você quer. Ok… Mas aí fica aquela história de “só diga não” como se o uso, desuso ou abuso das drogas fosse uma questão de só dizer não… E, Serjão, eu não considero nem as mulheres incapazes, nem as pessoas coitadinhas. As pessoas são é muito burras mesmo, no geral, e veja que me incluo nessa raça de idiotas. Os burros e os negligentes também precisam de atenção em sociedade, e esse é o meu segundo insight ao nosso diferencial.

Nota: / (paralelo a) /“Se houver alguma responsabilização, inclusive financeira, às mulheres que tratarão o aborto com irresponsabilidade,” Aqui, não falamos de pessoas que teriam como pagar. Quem tem como pagar deve pagar impreterivelmente. Aqui falamos das pessoas que são burras ou negligentes, ou ambas, que não têm como pagar e precisam de SISTEMA DE SAÚDE ÚNICO seja esse o seu SUS ou o da Holanda. (Note que eu uso a burrice e a negligência, porque se as pessoas não são incapazes, então deixam de tomar contraceptivos por qual motivo? Lhe agarantcho que não é só por burrice ou negligência.)

De modo, meu caro, que se o aborto for regulamentado teremos mais um método anticoncepcional na praça. / (paralelo a) “Eu tenho a absoluta certeza serão pouquíssimos os casos em que as mulheres procurarão pelo traumático procedimento abortivo.”

Aqui precisamos parar para pensar, ok, Serjão? Tanto eu quanto você, por termos algo chamado de saco escrotal, e não útero. Pra mim, é tão fácil tomar uma pílula do que não fazer um aborto, porque não fico grávido. Mas, você realmente acha que uma cirurgia e um método anticoncepcional podem ser considerados a mesma coisa? Pensemos: O ato de um, já bastante negligenciado atualmente por milhares de pessoas que, até mesmo segundo o que você diz, simplesmente decidem não usar do que o estado fornece, consiste em tomar uma pílula com um copinho de água mineral ou guaraná. O outro, abrir as pernas (imagine-se nessa cena), e esperar que o Jorjão (ou o Dr. Casanova) enfiem algum troço ou outro em um dos seus orifícios mais só seus, sabe, e de lá retirar algo que você tem a ínfima noção instintiva e animalesca de que germinaria efetiva e concretamente uma criatura viva, que algum dia poderia te chamar de mamãe, que é o aborto, uma verdadeira cirurgia. Quem dera o dia em que a ciência e a tecnologia (destacadas e livres das restrições das inescrupulosamente arcaicas religiões) arrumem um método abortivo semelhante ao anticoncepcional… Quando esse dia chegar, conversemos melhor. Por enquanto, soa-me extremamente complicado montar um caso defendendo esse semelhança atualmente. Ah, e aqui digo eu, você não sabe o quanto eu estou gabaritado para dizer isso.

Só que desta vez é um procedimento cirúrgico que demanda uma estrutura nem sempre disponível nas unidades de saúde com profissionais especializados e intrumentação. E isso acarreta gastos que na maioria das vezes seriam plenamente evitados pelos métodos contraceptivos. Além disso, vc não imagina como as unidades básicas de saúde estão sufocadas com uma demanda maior do que a procura.
Taí um problema a arrumar, Serjão. Precisamos, de fato, que o sistema de saúde social, essencial, para qualquer sociedade avançada que pretende seguir avançando, melhore urgentemente e se capacite a servir o público em todas as áreas de saúde, inclusive psicológicas e, por que exatamente não, abortivas?
Eu SEI como as unidades básicas de saúde estão sufocadas com uma demanda maior do que a procura, Serjão. É um verdadeiro problema. Pense em solucioná-lo, ao invés de gastar mais dinheiro com repressão e policiamento. Ou melhor, essa é a terceira básica diferença em nossas perspectivas. Gastasse dinheiro com repressão com maior facilidade do que na solução. Isso se argumenta reivindicando um sistema taxativo baseado nos pensamentos influentes de John Rawls. Mas é pra outro debate.

Mesmo por que seria muito difícil arrumar um matadouro dos que existem por aí pois na minha proposta eu peço que seja considerado crime hediondo para quem se disponibilizar a fazer isso. Aí meu caro, o buraco é mais embaixo.
A 4 diferença em nossas perspectivas, Serjão, é que sua proposta não visa:

1 – A URGENTE melhora do SUS e seu serviciamento ao público de pessoas necessitadas.
2 – A URGENTE educação e distribuição de métodos anticoncepcionais, educação até mesmo em torno do próprio aborto para que os “de primeira vez” não se enganem e pensem que a cirurgia é como engessar a mão.
3 – O URGENTE acompanhamento psicológico e sociológico de moradores de regiões mais carentes, como no norte do país, bairros mais pobres, cidades rurais, favelas etc.

Não considero prudente, em hipótese alguma, considerar crime hediondo algo que apenas satisfaz uma demanda humana. (vide drogas, mas nisso tampouco precisamos tocar). Se há demanda, há algo que precisa ser proativamente feito a favor da população, e não contra sua demanda.

Se vc prescerever um medicamento para ser dado durante 21 dias a um criança, fique certo que a mãe por mais pobre e ignorante que seja, o dará religiosamente.
Eu não duvido. O problema não é ela dar. O problema é se ela não der. O que faremos? Coçaremos a cabeça e diremos: “Ups”?

Eu não menosprezo as pessoas. Eu sei que elas são capazes e não as trato como coistadinhas.
Somos dois.

Se um programa educativo consciente sem hipocrisia for realizado (e disso depende qualquer discursão posterior) as pessoas vão aprender como usar os métodos contraceptivos.
Eu também confio nisso, Serjão. A pergunta continua: E SE…

Como aprenderam por exemplo a filtrar a a´gua que bebem. E ninguém nem vai se preocupar em discutir aborto já que serão pequenos os casos.
Pode ser que sim, pode ser que não, mas os pequenos casos também precisam de atenção.

Agora às questões essenciais:


Pela sua indignação vc deve ter considerado que eu condeno o aborto. Nada disso, como disse no texto free will. Mas sem mandar a conta para o estado.
Aqui eu me auxilio do seu blogue, Serjão:

. “Eu sou absolutamente contra o aborto, jamais permitiria que qualquer parceira minha o fizesse, muito menos minha filha, a não ser nos casos previstos em lei. Esta é minha opinião o que é totalmente irrelevante”

Não é irrelevante sua opinião. Não percebe que a partir dela se baseia toda sua estrutura pensamental? Tenho uma pergunta íntima: Como você proibiria sua esposa e sua filha de fazer o que elas querem? E se para burlar a sua proibição, mesmo o aborto sendo legalizado, elas precisarem recorrer ao clandestino, com mais medo seu do que medo de morrer na mesa do açougue? Imagine… São três dedinhos, só, a distância.

Vc foi o único comentarista lá em casa que não entendeu o que eu quis dizer. Talvez não lido o texto até o final.

Abs

“Patrick Gleber said...
Sou a favor do aborto. Acho que a Igreja mais uma vez atrapalha a discussão racional do assunto.”

Esse foi o comentarista que discordou humildemente sem precisar discordar. Por que?

Olha quem comentou:

Santa – Segue sua linha pensamental.
Moita – Segue sua linha pensamental.
O bloguildo, que diz assim: “Blogildo said...
Imaginem só, se o aborto já estivesse liberado algumas décadas atrás não existiria Lula!
Rsrsrsr!”

Os princípios que sustentamos, no entanto, e você pode verificar em relação ao meu texto atual e todos os demais comentários, são diferentes.

A Santa, por exemplo, concorda que as clínicas clandestinas precisam ser eliminadas… E voltamos ao ad infinitum prima facie de que as clínicas clandestinas existem porque NÃO HÁ REGULAMENTAÇÃO E HÁ DEMANDA.

Agora é o seguinte… Foram 4 páginas, amigo, e eu ainda não comecei a falar sobre o noss 5 ponto diferencial, o fator econômico, o que você chama de “mandar a conta para o estado”. Mas, querendo, continuamos o debate ao longo do tempo.

Se achar oportuno, republique meu comentário e as respostas. Assino embaixo.

Continuamos na paz, eu me indigno com os temas, não contigo, oká?

Abrax

RF

Anonymous said...

Putz,interessante e profunda a discussão sobre o aborto. Não vou meter a mão nessa cumbuca, mas me permito a uma observação: não é tão difícil assim a mulher engravidar hoje em dia, mesmo com a profusão de anticoncepcionais à disposição de ambos os parceiros. É comum ouvir de adolescentes pobres, mamães precoces, que "a pílula faz mal", e dos garotos, papais irresponsáveis, que transar com camisinha é como "chupar bala com papel". O problema neste caso é a ignorância - não adianta o governo distribuir gratuitamente contraceptivos. Me espanta que a AIDS ainda não tenha assumido proporções epidêmicas como acontece na África.
***
Quanto ao folhetim. Continua prendendo a atenção. Sinto cheiro de rebeldia revolucionária no ar.
Um abraço.

Anonymous said...

PS: não pretendo defender a Coréia do Sul, mas em relação ao "sul-coreano, faço minhas as palavras do Cristovão Feil no Diário Gauche:
"Agora estão chamando-o de "sul-coreano". Como se ele fosse um estrangeiro, um louco estranho. Trata-se de um cidadão norte-americano, mergulhado por inteiro no ethos da vida social norte-americana. Filho dileto e mais legítimo da Era Bush, no qual 34% da população orgulha-se de andar armada o dia inteiro."
Um abraço.

Roy Frenkiel said...

Jens, sobre o sul-coreano foi brincadeira, mesmo, pode ter certeza de que eu sei disso. Você sabia que aqui nos EUA há estudantes levantando a bandeira: “Deixem as armas liberadas, expulsem os imgrantes ilegais!” O estudante nem era ilegal... Enfim, mais um episódio da bárbara humanidade.

Sua observação sobre o aborto é super pertinente, obrigado por incluí-la! E obrigado por me acompanhar, caro amigo.

Abrax

RF

Marconi Leal said...

Sou inteiramente a favor do aborto, companheiro Roy. Abração.