Monday, August 13, 2007

Mente Vazia

“Cuidado com o que desejas,” diz o ditado
Mas, eu que o diga, pobre coitado
Nem foi isso o que desejei.

Lembro-me como hoje fosse
Dos magnos pensamentos embolados
Lampejando sem trégua, condecorados
Lembranças estranhas
de sonhos que jamais sonhei.

Agora passo a acordar sonolento
Olhos mergulhados em cimento
Asas podadas à imaginação.

Pensamentos vazios, intoleráveis
Mágoas de ofensas inevitáveis
Em esquálida mente, branca
Esvaecida de outra lembrança

Por isso, explico a quem ler
Os versos que passei a escrever
Que o que o ocorre em mim
Faz-me criar versos intermináveis
Compostos de palavras inalcançáveis
Sem propósito e sem fim

3 comments:

AB said...

Como a vida, ROY - sem propósito. E sem fim...

Brena Braz said...

Passando pra conferir o que há de novo por aqui...

Roy Frenkiel said...

E ai, deu tempo de conferir, Brena, o que achou? Conta! To morrendo de curiosidade! :-)


Acantha, infelizmente *felizmente no caso de uns*, a vida tem fim :-(

bjx as duas

RF