Dói o comichão, fisgada rija em músculo flácido
Broto de amargura, pseudo-céfalo-distúrbio
Saudades, ou nada de saudades
Lembranças do instante vivido, instantâneo
Dói a incerteza, do ser não ser, do ser se dane
Indignação interna, um sufoco estrangulado
As vozes mudas, a saliva seca, o fruto agridoce
Dói a lágrima esguichada, a vontade de vomitar
A tristeza
A vontade de conquistar o mundo à vontade
Em pedidos de misericórdia, em cartas indecifráveis
Escritas a manchas sangrentas, truculentas, viscerais
Irracionais
Dói a existência negliganciada de quartos fechados
Mentalidade arcaica algemada a corpo moderno
Pêlos à face da criança que deixou de implorar
Esculpida a doses de marmanjice, pentelhice e meditação
Dói o estar-se sem palavras...
Dói o caos dos dias
O açoite da noite
A mandinga da madrugada
Dói
Thursday, May 10, 2007
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