Friday, February 02, 2007

No meio do Meio Ambiente

Sempre achei o assunto de Meio Ambiente um tanto quanto chato. Até que se entende que seja chato algo que não tenha formato fixo, nem personagem principal, herói ou vilão, nem trilha sonora. Trilha, mesmo, só de destruição desnaturada, natural, ou das belezas que se estendem pelos campos, pelos mares, pelas terras, pelos matos, pelos pântanos, desertos, lagos, montanhas e mesmo nas cidades, entre um centímetro de azulejo de pedra de areia, e um broto de árvore procurando os raios solares pelas frestras. Não parece inerentemente interessante, gente...

Foi então que me ocorreu que, o personagem principal dessa história somos nós, seres humanos, simples, sem nome feito, com nome feio, barrigudos de cerveja ou raquíticos de nicotina, sejamos nós quem sejamos. E pensei em nossos tempos, no miúdo resumido de alguns momentos pensamentais, e de nossa evolução. Hoje em dia o alerta cresce, e nos vernáculos regionais da mídia mundial, a notícia se espalha, mas ninguém presta devida atenção. Claro! Imaginem se Chicó e Zé Grilo soubessem que são personagens, e pudessem ouvir no noticiário o que suas peripécias tem causado em seu mundo fictício. O personagem e o ator só se encontram em inconsciência...

Justo para isso é que a história serve. Para lembrar o que foi, aprender dos erros, e seguir adiante. Ou, para inventar significados – e já falamos da importância de inventar significados – sobre a natureza de nossa existência. Que seja... Pensemos bem que nós, como atores, precisamos entrar em contato com os personagens que vêm destruindo o planeta Terra, mesmo que nós sejamos artistas nesse teatro de fantoches auto-manipulados. Pensemos, individualmente, como cada um e uma de nós podemos contribuir para a não-poluição de nosso planeta.

Primeiro, porque assim podemos. Podemos, porque temos a escolha baseada na razão e em um equilibrio sentimental. O equilibrio surge, porque chegamos à conclusão de que, já que por aqui precisamos sobreviver, que ao menos tenhamos algum pedaço de terra a gastar os pés, e que esta não os ferva nem congele mais do que o necessário, e que o ar em movimento nos movimente apenas em pequenas ondas, e não nos atire a espaços siderais, e que não sejamos engolidos n’um gole d’água do mar salgado de agouro de nós. Além disso, hoje em dia podemos porque já sabemos mais, e também sabemos que 90% do caos climático a nos esperar d’outro lado da rua, foi causado por nossas mãos. Um mais um igual a: Podemos. De modo lógico e assertivo, podemos. De modo prático e intuitivo, podemos. Porque devemos, podemos. Porque queremos nosso próprio bem, egocentricamente, podemos.

Agora, se podemos, por que não fazemos?

Fazer o quê?

Cartilha de comportamento básico em prol do meio ambiente:

1 – Não precisa fanatizar, deixe isso aos fanáticos, e há fanatismo necessário, como o tido pela ecologia. É apenas necessário entender como o indivíduo, fora da empresa, polui o meio ambiente. Não jogue lixo no chão da rua, e jamais jogue lixo ao mato, nem praia, nem canto público, nem canto privado. Lugar de lixo é no lixo.

2 – Jamais atire bitucas de cigarro pela janela. Jamais atire-as ao piso, e em mata, nem pensar. Não fume, vá...

3 – Assim que puder, troque o carro a gasolina por carro a álcool. Se o preço do álcool anda subindo por questões de sindicatos ilógicos, protestem, metam a boca no trombone. Cana cresce com cuspe à terra, praticamente, Joselito. Em brasileiro também, basta cospir a idéia na cabeça que nascem três bem feitas.

4 – Eduquem seus filhos a cultivar amor à natureza. Se moram em cidade, visitem o campo. Visitem o Amazonas pelo menos uma vez na vida. Visitem algum deserto. Visitem alguma geleira. Se a grana estiver curta, encontrem uma NATIONAL GEOGRAPHIC urgente! Para mim, deve-se fazer uma campanha de distribuição de agasalhos junto com uma National Geographic no idioma desejado a todas as crianças carentes do planeta, logo a importância da alfabetização em massa, mas mesmo sem ler, as fotos dizem muito.

5 – Passem adiante as notícias recentes, sem precisar de paranóia, mas sempre oferecendo a questão: E você, o que você pode fazer para que nossos filhos tenham futuro na Terra?

6 – Larga a mão de ser besta e ficar caçando bicho por aí! Caçar bicho só índio merece, porque eles sabem o quê, como e quando. E pára de ficar matando inseto à toa. Aliás, párem de meter medo de insetos nos seus filhos e filhas. Não tem coisa mais patética do que sair correndo pelas ruas por medo de mosquito, não acham? Se não for dengue, façam como Jesus faria: Matar, abusar e bater, nem em uma mosca. Desmatamento, NEM PENSAR.

7 – Não comprem roupas feitas com pele de animais, à não ser que a pele seja da sua.

8 – EDUQUEM-SE. EDUQUEM. CRESÇAM E SE FORTALEÇAM PESSOALMENTE. CUIDEM DE SUAS FAMÍLIAS. AMEM A SI MESMOS, E AOS DEMAIS. SEJAMOS SOLIDÁRIOS. SEJAMOS OUSADOS. DESAFIEMOS NOSSOS DISTÚRBIOS NATURAIS, E CUIDEMOS DE NOSSA NATUREZA. FALO DA NOSSA. NOSSA MESMO. A DA DE NÓS.

9 – Evitem, ou melhor, nem usem produtos com Aerosol. Inventores e inventoras de nosso Brasil, cadê a geladeira amiga do Meio Ambiente que encomendamos?

10 – Procurem informações a respeito de cientistas e inventores que já inventaram aparelhos bons o suficiente para acabar com porcentagens altas das mortes pelas secas mundiais. Quando encontrarem, publiquem, espalhem as novas. Peçam ao governo. Usem a Internet. Hoje em dia, é mais viável do que há vinte anos

Sempre há mais dicas, muitas, mas essas são algumas básicas. Ou seja, se não fizermos nada com elas, não podemos simplesmente reclamar da poluição. Seria como reclamar de uma dor nas mãos e meter um prego em cada para curá-las. Não funciona...

Um abrax caloroso, ultra-caloroso, pois abraços e beijos e afagos são as únicas coisas que devem conter super-aquecimento.

Bom fimdi,

Roy Frenkiel

6 comments:

Anonymous said...

Belo post, ainda mais nestes tempos nebulosos, onde estou contrariadamente pedindo às minhas filhas para não me darem netos, pois fico aflita só em pensar no que pode estar reservado para eles em futuro próximo. Valeram as dicas, algumas já conhecidas outras não, se cada um fizer um pouco a situação ameniza e, quem sabe possamos adiar o pior e eu possa voltar a sonhar em ser vovó.

Abraço, Roy! Beijo no teu coração.
Re

Michele said...

Roy, como vai?
Puts... tem mais de um trilhão de 'Reação Cultural' lá... rs...
É mais facil vc me achar, estou como Michele Saboleski.
Beijox!

Anonymous said...

um dia a terra nos livra de nós mesmos e nos manda para o além..a natureza continua..e nós além..amém
http://edineysantana.zip.net

Brena Braz said...

Oi, meu bem! Confesso que não li o post dessa vez, só vim pra dar um oi mesmo... correria. Mas volto com calma... eu sempre volto mesmo, né?! rsrsrs
Bjos

Anonymous said...

Roy, sou meio psrsnóico e muito pessimista com esse negócio de meio-ambiente e futuro do planeta. Eu vou até além no que disse a Brisa: felizmente nem filhos eu tenho e não hercdarão esse mundo podre.

Quando vi suas dicas, pensei: "é, até que eu faço boa parte dessas coisas". Depois caí na real: não faço porque não sou um consumidor poderoso! Não tenho carro ( mas talvez gostaria de ter); produzo pouco lixo porque minhas compras em supermercado são ridículas... Boa parte das pessoas do mundo estão na mesma situação. E talvez desejassem mudar seu status de consumidor (o nome "consumidor" já diz tudo, não?)
Penso que o capitalismo depende dessa voracidade de produção e consumo. Não vai parar. O mundo vai "pro saco" mesmo. Bom, mas isso é só a opinião de um pessimista incurável (rs). Um abraço.

Esther said...

Sei que vou deixar um mundo melhor para meu filho na forma de mais consciência e informação ,que não tive dos meus pais ( se eu não tivesse esse saudável hábito de ver o lado positivo das coisas - que sempre existe - eu "tava " mais é f..., ou melhor, perdida! rsrsr. Bj!

Cristina Bondezan ( doutroladodomar )